Teles querem que governo pague pela reorganização da bagunça que criaram nos postes

Em audiência realizada hoje (09) pela Comissão Especial que avalia a implantação do 5G no Brasil a Conexis, entidade que representa as empresa de telefonia, deixou claro que, para elas, o ideal é que o governo banque o custo da reorganização dos cabos de fibras ópticas, que entopem os postes do setor elétrico, através da criação de um operador neutro. “Entendemos que a maneira mais simples e rápida é via despesa pública”, destacou Marcos Ferrari, presidente da Conexis.

A desculpa é sempre a mesma: esse custo, se ficar para ser bancado pelas empresas, acabará sendo repassado para os consumidores. Só que, esse mesmo custo, bancado pelo governo, também sai do bolso dos consumidores. Mais precisamente, dos consumidores de telefonia e de energia elétrica, não por acaso, pagadores de impostos.

E Ferrari arrematou a sua apresentação com a frase da semana: “Poste é facilidade essencial”. Lindo isso, só faltam também querer colocar esse “princípio” na Constituição.

Segundo representante da Aneel- Agência Nacional de Energia Elétrica, que participou da audiência pública, do total de 50 milhões de postes instalados no país; há pelo menos uns 10 milhões que estão em situação crítica, pelo excesso de peso dos cabos de fibras penduradas neles pelas teles.