Os auditores da Secretaria de Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto – SecexEducação, do Tribunal de Contas da União, constataram que um alto percentual de escolas do ensino básico (41%), não souberam informar a velocidade de conexão disponível nos estabelecimentos de ensino, porque não instalaram software de medição.
E a maioria dos diretores de escolas que informou não ter instalado o medidor de velocidade (81%), disse que nem sabiam que deveriam instalar um software para realizar essa medição.
Para o TCU e o próprio MEC, existe uma problema claro de falta de comunicação entre os agentes promotores da conectividade escolar que precisará ser sanado imediatamente.
“Seria recomendável também que o MEC intensificasse as iniciativas direcionadas a atestar o desempenho da PIEC em relação à qualidade da conexão de banda larga contratada e disponibiliza às escolas públicas de educação básica, além de conscientizar as Secretarias de Educação no sentido de promoverem a instalação do Medidor Educação Conectada nas escolas de sua rede”, reforçaram os auditores do TCU.
O MEC chegou a alegar que medidas foram tomadas desde então e esses índices já podem ter melhorado após a auditoria. Mas ficou claro que os governos federais nos últimos anos se preocuparam superficialmente com a implantação do programa numa ilha da fantasia chamada Brasília, e não levaram em conta pequenos detalhes que podem fazer a diferença num país com as dimensões e realidades tão distintas como o Brasil.