O Secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, disse hoje (04) na abertura da 5ª Semana de Inovação, que o objetivo é chegar ao fim do Governo Bolsonaro com três mil serviços digitalizados.
Segundo ele, cerca da metade já foram implementados pela Secretaria Especial de Governo Digital, inclusive com a participação do Serpro e Dataprev, empresas que, se depender do secretário de Privatizações, Salim Mattar, serão vendidas.
Uebel não tocou nessa questão em sua apresentação. Mas seu discurso parece contradizer essa intenção do governo, o que deixa transparecer que há pelo menos duas linhas de pensamento no Ministério da Economia.
Para o secretário, a burocracia ainda mantém o país no atraso digital frente a outras nações. Lembrou que o Brasil está na 150ª posição no índice de liberdade econômica, na 124ª posição no índice de facilidade de fazer negócios, do Banco Mundial e ocupa a 7ª2 posição no incide de competitividade global, além da 105ª posição no índice de corrupção. Que para ele teria como principal consequência a corrupção. “A burocracia não se encaixa no mundo digital”, destacou Paulo Uebel.
Segundo ainda o secretário, o grande desafio agora é cuidar melhor das pessoas, melhorar a gestão e a transparência do gasto público. A expectativa, de acordo com Uebel, é que ao longo de dois anos o governo mude essa realidade brasileira.
Lembrou que a Lei da Liberdade Econômica veio para acabar com a burocracia em atividades de baixo risco, que consomem 80% do trabalho dos órgãos, mas geram pouco valor ou retorno para a sociedade. “Reposicionar o foco do governo, usar dados e evidências para qualificar e direcionar o trabalho é o que gera inovação, mudança e valor,” explicou.
O secretário garantiu que o governo pode fazer esse processo de transformação digital em cada área, para poder tomar decisões eficazes e efetivas. “O presidente Bolsonaro declarou várias vezes esse apoio à transformação digital”, afirmou.
Uebel disse ainda, que a integração de banco de dados irão gerar ganhos de eficiência enormes para o governo. “Nós queremos um governo que possa estar acessível a qualquer cidadão brasileiro, inclusive os que não tem acesso ao mundo digital, porque o funcionalismo estará sendo liberado para atender a essas pessoas. Ser digital para ser humano”, destacou.
Também garantiu que o governo respeitará a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. “Nós queremos um governo seguro, que tenha segurança total das informações da pessoas, respeito à LGPD, às informações que tenham sigilo, mas que possa usar esse conhecimento para gerar segurança para a sociedade, combate ao crime, corrupção e ao mau uso dos recursos públicos”, explicou.
Assista a apresentação de Paulo Uebel na 5ªSemana de Inovação, que conta com o apoio do Tribunal de Contas da União, Ministério da Economia, Escola Nacional de Administração Pública.