TI não opina e vota em Defesa Nacional

Que me provem o contrário, mas Tecnologia da Informação não é considerada uma “infraestrutura crítica” para o governo. No máximo a área dará suporte técnico para decisões que forem tomadas pela “Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo”. TI não está relacionada como área temática em nenhuma das 12 apresentadas pelo GSI da Presidência em Resolução publicada hoje (25) no Diário Oficial da União.

A composição dos “Grupos Técnicos”, que subsidiarão com “ações” e “produtos” para a tomada de decisões por essa Câmara é a seguinte:

1 -Abastecimento Urbano de Águas,

2 -Rejeitos minerais das infraestruturas críticas do setor de Barragens,

3 -Telecomunicações,

4 -Radiodifusão,

5 -Serviços Postais,

6 -Energia Elétrica,

7 -Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis,

8 -Finanças,

9 -Transportes Aéreos,

10 -Modal ferroviário do setor de Transportes Terrestres,

11 -Biossegurança e Bioproteção,

12 -Política Nacional de Fronteiras.

Interessante ver que o setor de software não está relacionado em nenhum grupo temático para propor ações e produtos para essa Câmara de Defesa Nacional. Poderá participar das reuniões, mas não terá direito a voto.

Tratamento diferenciado, entretanto, foi dado no Grupo de Telecomunicações, que contará com a presença das empresas de telefonia fixa/móvel através da “Conexis”. Até no setor de Radiodifusão foram chamadas as empresas, que serão representadas pela Abert.

Para não dizer que o setor de software é desnecessário ou prioritário, a Câmara contará com o pensamento do Serpro. Que curiosamente está relacionado no Grupo de Trabalho que proporá medidas para o setor de “Finanças”.

*Aliás, chama a atenção que esse grupo que discutirá criticidade das redes no setor bancário, conte com a presença do Serpro e da Abin, mas não terá a presença de ninguém da Febraban.

https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-gsi/pr-n-14-de-24-de-fevereiro-de-2022-382662917