O setor de software sempre clamou por um plano de ação. O governo demorou, mas apresentou um.
Fica a pergunta: ele é bom ou ruim?
Uma avaliação assim ainda é prematura, pois dependerá de um amplo debate numa “consulta pública”, que ocorrerá entre o governo e o setor nos próximos dias.
Mas creio que o ponto mais polêmico desta nova política será a definição de “software nacional”. O governo tentou explicar ontem no lançamento do TI Maior a sua visão de software com o cara do Brasil, mas que não significa que seja algo “tropicalizado”, apenas customizado numa plataforma estrangeira.
Não foi convincente. Por que?
Talvez a dúvida venha diretamente das empresas que já foram previamente analisadas pelo MCTI como forma de testar essa teoria do software nacional. O MCTI não revela, mas parece que alguns gigantes internacionais acabaram não “passando” nesses testes.
Em tese, se fosse para valer, não teriam a certificação – pelo menos não no grau máximo de conformidade – e estariam perdendo no futuro a capacidade de disputar uma licitação governamental para empresas que terão o direito de preferência nessas compras.
* Como disse: o TI Maior vem cheio de virtudes. Resta saber quais, na leitura do setor.