A Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), não pretende divulgar o número de órgãos que se manifestaram na sua consulta feita aos mais de 200 integrantes do SISP – Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação, sobre o interesse de adquirir por registro de preços diversas soluções da Microsoft.
A consulta e a licitação interessam também à Central de Compras do Governo Federal, outro órgão vinculado ao Ministério do Planejamento. A consulta terminou no dia 11 de novembro. Já a licitação ainda não tem data para ocorrer ou ainda não foi oficialmente informada.
A alegação do secretário Marcelo Pagotti (STI – Foto) é a seguinte: divulgar agora quantos órgãos estariam interessados pode gerar um erro de informação no futuro, porque somente na hora da licitação estes órgãos definirão se vão efetivamente participar do pregão com Registro de Preços.
Ora secretário, o que interessa é justamente saber se, por exemplo, 100 órgãos federais manifestaram interesse em obter soluções da Microsoft. Se na hora da compra apenas 10 comparecerem, isso não muda o fato de que 100 organismos federais estão dispostos a trocar a plataforma livre pela proprietária. E provavelmente só não fizeram porque faltou orçamento para tal, neste momento.
Portanto, não foi pedido o nome de quais órgãos irão mudar de plataforma, mas qual o tamanho do interesse em escantear o software livre no governo. Nome eu até posso ajudar ao senhor a divulgar, bastaria verificar quem comprou nos últimos anos soluções da multinacional, dando uma banana para uma política vigente nos governos do PT, os quais o senhor também serviu.
Outra coisa secretário, sabendo quantos órgãos irão migrar para sistemas da Microsoft, podemos conferir qual o tamanho da dependência tecnológica no governo e o tamanho do rombo que virá na segurança da informação.
Ou o senhor nesta altura do campeonato desconhece que essa multinacional é obrigada a cumprir a legislação norte-americana e, sempre que for mandada, divulgará os dados de seus usuários?
Quem esconde informação é porque não se preparou e não tem argumentos para defender uma compra, num momento em que o país não tem dinheiro sequer para pagar o 13 salário de servidores públicos, sejam federais, estaduais ou municipais.
* Experimente perguntar a eles se trocariam essa compra de Microsoft pelo 13º?