*Por Claudio Cordeiro – Nos últimos anos, depois da necessidade de isolamento social por tanto tempo, viajar definitivamente ganhou um novo significado. E este ano, os brasileiros estão prontos para arrumar as malas. Sejam viagens domésticas ou internacionais, o cenário se mostra bastante otimista: segundo um boletim da Associação Brasileira de Turismo (Braztoa), a expectativa para 2023 é que o setor cresça 53,6% em comparação com o ano passado. Ou seja, um prato cheio de oportunidades para o setor de turismo e hospitalidade.
Com uma maior busca por experiências e momentos de lazer, muitos brasileiros passaram a valorizar ainda mais o hábito de passear, descansar e conhecer lugares novos. Mas isso não significa mais necessariamente se hospedar em um hotel, pousada ou resort. Entre tantas tendências que têm movimentado o setor de hospitalidade nos últimos tempos, um comportamento que tem se destacado é a adesão às modalidades de hospedagem em residenciais como flats e casas de veraneio.
Ao ampliar as possibilidades de hospedagem, é possível explorar acomodações não tão convencionais e em lugares icônicos, como cabanas ao ar livre, chalés e até casas na árvore. E nesse tipo de hospedagem, é comum que a matriz do negócio esteja no mundo digital. Ou seja, desde a escolha do local, como o contato com o proprietário ou responsável, pagamento e avaliações são realizados 100% pela internet muitas vezes via aplicativos, um atrativo para as novas gerações — nativas digitais.
Outro diferencial desse tipo de locação, que pode chamar a atenção dos viajantes, é a possibilidade de se hospedar em um local maior e com mais ambientes, indo além das suítes dos hotéis, por exemplo. Espaços como cozinha, sala de estar e até área de lazer oferecem ainda mais conforto e praticidade para os visitantes, principalmente para aqueles que buscam uma estadia mais longa.
O fato é que essas novas modalidades de acomodação acabaram por expandir o mercado de turismo e as possibilidades de viagem. E se ao ler isso você fica temeroso e acha que os hotéis podem ser prejudicados, saiba que muitos estão atentos à tendência e já oferecem um mix em suas acomodações, incluindo opções residenciais ou mesmo compartilhamento de ambientes.
De qualquer forma, independente da modalidade de acomodação, uma coisa não pode ser esquecida: para o sucesso do negócio o princípio se mantém o mesmo, a hospitalidade. A experiência do viajante continua sendo o fator primordial na compra, e influencia diretamente na avaliação e desempenho do empreendimento. Portanto, não basta investir somente na estrutura do espaço, é preciso garantir uma boa gestão e qualidade do atendimento para receber os hóspedes com excelência.
E aqui, novamente a tecnologia é a chave por meio de ferramentas que auxiliam a gestão do empreendimento, reunindo em um único lugar o controle de reservas, a gestão do imóvel, custos e despesas, gestão de pagamentos e até fornecendo um meio de avaliação e contato do locador com os hóspedes.
Com o aquecimento das viagens e do setor de turismo no país, devemos observar o surgimento de muitas novas oportunidades. Quem estiver atento, não vai deixar nenhuma passar e vai saber investir e explorar tudo que a tecnologia tem a oferecer para que o viajante sinta -se em casa e ao mesmo tempo usufrua de experiências diferentes.
*Claudio Cordeiro, diretor de produtos de Hospitalidade da TOTVS.