
Mesmo tendo em seus quadros advogados para resolverem os impasses judiciais trabalhistas, que trabalham diretamente na Diretoria Jurídica, de Gestão e Riscos (Dijug), o Conselho de Administração da estatal aprovou a contratação de um escritório especializado no serviço. No balanço financeiro do ano passado a estatal contabilizou um total de R$ 419 milhões em depósitos judiciais que foi obrigada a fazer para eventual pagamento de ações trabalhistas. A tendência é esse valor disparar ainda mais, caso o presidente da empresa, Alexandre Amorim, resolva a colocar em prática um processo de demissão em massa de mil trabalhadores, segundo comentários internos na estatal.
Nos corredores do Serpro não se fala de outro assunto. A direção quer demitir em torno de mil trabalhadores, medida que abriria espaço para o argumento futuro de que a empresa necessita terceirizar contratos com empresas privadas, para “melhorar o seu desempenho na prestação de serviços ao cidadão”.
Essa desculpa das terceirizações vem sendo dada pelo diretor de Negócios, Governos e Mercados, André Picoli Agatte, que junto com o seu superintendente de “Negócios com Clientes de Novos Negócios”, Thiago Baere, andou fazendo peregrinação nas regionais da empresa para angariar apoios ao projeto. Que no jargão sindical tem a cara de ser um processo de “privatização branca”. A denúncia foi dada pela coluna deste blog no último dia 2 de junho.
Até onde esse blog pode apurar, o edital para a contratação de um escritório advocacia ainda não foi tornado público pela estatal.