Para a secretária do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, a Ceitec é uma empresa que tem um “VPL” baixo e obrigaria o governo a fazer investimentos vultosos para tentar torná-la “competitiva” no mercado de semicondutores mundial. Como a empresa não fez o “dever de casa” de gerar caixa, mesmo sem ter demanda do próprio governo então não serve para o país.
O professor da UFRGS, Sergio Bampi, contestou os argumentos e deixou claro que o processo de decisão pela liquidação da Ceitec foi a meta inicial do governo, que em nenhum momento procurou a Academia ou o setor industrial brasileiro ligado ou não à cadeia produtiva da microeletrônica, para discutir a inserção dela no processo econômico e de desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.
O mais curioso na defesa da liquidação da Ceitec, foi a secretária Martha Seillier se antecipar a um julgamento que deveria ter sido feito pelo Tribunal de Contas da União sobre o que a União deveria fazer com a estatal.
Ficou claro que o PPI nunca procurou o tribunal para avaliar se estaria no rumo certo de liquidar a empresa ou qual posição deveria tomar com relação ao futuro da estatal do chip. Nunca procurou o TCU para dar satisfações sobre o assunto.