Estava conversando com uma autoridade sobre o festival de compras de serviços sem licitações e sem o amparo legal feitos pela Caixa Econômica Federal junto à CPM Braxis Capgemini. Coisas como um software de gestão (ERP) de R$ 518 milhões – o mais caro do país.
Mas o que me surpreendeu foi a tese arrepiante desta autoridade. Segundo ela, em determinados casos, o caminho correto seria peitar o TCU, enfrentar o tribunal e manter os contratos em vigor, porque não se pode parar as atividades de governo por conta de “interpretações errôneas do tribunal”, sobre o melhor método de se adquirir um bem ou serviço, em virtude das necessidades da população.
Confesso que fiquei pasmo, nunca tinha visto alguém no governo pregar uma desobediência civil de forma tão aberta. Guardo comigo o nome desta autoridade, mas a impressão que fiquei é que não se trata de um pensamento unitário, que essa ideia vem crescendo e se tornando consenso dentro do governo.
*Perigoso, muito perigoso esse tipo de pensamento. O TCU deve se preparar para o pior, se isso prosperar.