*Por Luana Ribeiro – O termo “Transformação Digital” vem se tornando cada vez mais usual principalmente depois do início da pandemia, quando as empresas perceberam a necessidade de migrar para o digital para manter os negócios ativos. Mas o que muitas companhias não sabem é que o processo não envolve apenas o impulsionamento das redes sociais ou canais de comunicação da marca. Trata-se de um conceito bem mais amplo, que parte de três propósitos: simplificar processos, rotinas e áreas da sociedade.
Desta maneira, fazer parte do movimento de transformação digital significa alinhar toda a equipe para a experiência e estabelecer novos processos, com o intuito de diminuir as tarefas ineficientes, a fim de que os colaboradores tenham tempo de investir em ações estratégicas que realmente gerem resultados significantes. Mas como realizar uma migração tecnológica bem estruturada e assertiva? O primeiro passo para se ter em mente é a presença digital.
Apesar da necessidade da presença digital não ser novidade, ainda encontramos empresas que limitam o atendimento ao cliente para telefone fixo ou balcão. Aqui, deve-se ampliar os canais de atendimento, a fim de ampliar a abrangência de público-alvo e evitar o congestionamento dos canais de comunicação. Outro ponto de reflexão é sobre a infraestrutura que o processo de transformação digital exige. Ou seja, é preciso mapear os processos internos para definir onde se podem aplicar melhorias.
Em seguida, a preocupação da empresa deve estar no mindset organizacional. Afinal de contas, é fundamental que a mentalidade inovadora ultrapasse a área de Tecnologia. Na verdade, o comprometimento com a transformação começa com os altos executivos e chega até os colaboradores. Do contrário, a falta de preparo da equipe pode resultar em ruídos que irão prejudicar o processo e, consequentemente, o bolso, visto que o investimento nesse tipo de ação é relativamente grande.
Para que a mudança de mindset ocorra, o ideal é implantar uma cultura digital. A transformação em si é um processo orgânico que requer manutenções periódicas, enquanto que os seres humanos tendem a se acomodar e deixar alguns processos de lado. Neste caso, é fundamental que a liderança incentive esta nova cultura. A migração não é apenas a integração de processos e formatos de trabalho. Ela também impacta na rotina dos profissionais.
*Luana Ribeiro é CEO da Devninjas, startup com foco em transformação digital.