O tiro no pé que Paulo Guedes deu ao jogar a Telebras no Orçamento Geral da União

Ao decidir tornar a Telebras como uma empresa dependente do Orçamento Geral da União, embora a estatal tenha o capital aberto e negociado no mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, achava que isso pavimentaria o caminho para vendê-la com a imagem de “ineficiente”.

Afinal de contas, se é o Ministério da Economia quem controla o Orçamento Geral da União, bastaria deixar a empresa à míngua financeiramente, que ela quebraria e não restaria outra alternativa senão vende-la ou extingui-la.

Ledo engano, Paulinho. Se é para ter dinheiro no Orçamento, então o problema está resolvido para a Telebras se sustentar, sem depender da tinta da sua caneta.

Romarias de deputados federais e senadores têm sido registradas nas dependências do Ministério das Comunicações. E a turma está indo lá acertar a colocação de emendas parlamentares ao Orçamento para o programa Wi-Fi Brasil.

Outro dia vi a bancada do Espírito Santo saindo em peso do Congresso e se dirigindo ao Ministério das Comunicações. Achei estranha a movimentação de deputados, senadores e aspones e resolvi indagar para um o que estava ocorrendo.

Ouvi do parlamentar, que a bancada pretendia acertar com o ministro Fabio Faria a apresentação de emendas individuais ou de bancadas ao Orçamento para o programa Wi-Fi Brasil, que tem sido a “menina dos olhos do presidente Jair Bolsonaro”, disse o politico.

Paulinho, o programa é fácil de ser executado, pois não demanda demoradas obras de infraestrutura de rede para levar banda larga aos grotões do Brasil. Basta uma “panelinha” para receber o sinal de satélite da Telebras, e os “excluídos digitais”, porém eleitores, passam a gozar de uma Internet de boa qualidade.

Deu para entender o que isso significa para um deputado ou senador em campanha pela reeleição, Paulinho? Ou você quer que eu desenhe?

*Agora eu quero ver o ministro da Economia “peitar” o Congresso e não liberar o dinheiro das emendas para a Telebras no próximo Orçamento. Vai impedir o “Jair” de participar dessas inaugurações, Paulinho?

Tenta!