O homem das Teles e do Centrão, que irá gerir R$ 3,1 bilhões do 5G para conexão das escolas

As operadoras móveis escolheram o ex-diretor Administrativo-Financeiro da Telebras, Maxwell Borges de Moura Vieira, para ser o presidente da Entidade Administradora da Conectividade das Escolas (EACE), que até 2028 deverá desembolsar R$ 3,1 bilhões em projetos de conectividade das escolas. O dinheiro é compromisso assumido pelas empresas, em troca de não pagar pelas frequências do 5G na faixa de 26GHz.

Maxwell vinha esquentando a cadeira na direção da Telebras desde setembro de 2021, após assumir o cargo por indicação do Centrão. Mas diante da nova proposta das teles, ele renunciou à vaga na diretoria da estatal na última reunião do Conselho de Administração da Telebras no dia 4 de abril. Seu currículo não guarda nenhuma relação direta com o setor de Telecomunicações, desconsiderando sua participação na Telebras.

É advogado, com especialização em Direito Constitucional e Administrativo pela Escola Paulista de Direito (EPD) e mestrado em Gestão e Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP). No estado de São Paulo, foi assessor parlamentar do Secretário da Segurança Pública, foi diretor Jurídico Adjunto e diretor Administrativo do Instituto de Pesos e Medidas do Estado (IPEM/SP). Atuou como assessor Técnico da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON/SP), e posteriormente passou a atuar na mesma função no gabinete da Secretaria de Planejamento e Gestão. É membro da Comissão Especial de Direito Administrativo do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e auditor suplente do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol.

Em audiência no Senado, o ministro do Twitter e das Comunicações nas horas vagas, Fabio Faria, disse que o leilão do 5G foi “um sucesso absoluto”, porque dos R$ 47,2 bilhões que devem ser investidos pelas empresas privadas como compromisso para não ter de pagar pelas frequências, R$ 3,1 bilhões — o equivalente a 6,5% — vão para a área de educação. Segundo o ministro, os recursos vão permitir maior conectividade das escolas por meio do 5G standalone, uma tecnologia mais rápida por não depender das atuais redes 4G.

*Com informações da Agência Senado.

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