A Nozomi Networks prevê que a chegada do 5G e ambientes de IoT e OT cada vez mais conectados vão ampliar ainda mais as superfícies de ataques cibernéticos nas operações industriais. Tal preocupação chegou a ser levantada ontem em audiência pública no Senado, pelo diretor-presidente da ANPD, Waldemar Ortunho.
Especializada na área de cibersegurança, a empresa apresentou um relatório com as tendências de ataques para 2022. que poderão comprometer a continuidade dos negócios ao longo do próximo ano:
Ransomware e Killware
O ransomware continuará assombrando por muito tempo, e nos últimos anos a terminologia Killware ganhou notoriedade, pois trata-se de um ataque que pode ferir ou até matar pessoas, se tornando uma preocupação constante nas indústrias. A agenda de segurança precisa abranger os sistemas, equipamentos e pessoas.
Os reflexos de um ciberataque em ambientes OT podem ser desastrosos. Fechar comportas de usinas hidrelétricas, desligar fornos de atmosfera controlada, alterar velocidade de centrífugas, comprometer a qualidade da água, são apenas alguns exemplos de cenários que lembram roteiros de filmes de ficção científica, mas que podem ocorrer a qualquer momento. O Gartner prevê que o impacto financeiro dos ataques CPS (ciberfísicos) resultando em vítimas fatais chegará a mais de 50 bilhões de dólares até 2023.
Além disso, a consultoria também antecipa que a maioria dos CEOs será pessoalmente responsável por esses incidentes. A maior ferramenta de proteção nesses casos é a visibilidade. As indústrias precisam ter acesso a inventários para controlar os ambientes críticos e serem capazes de responder rapidamente a qualquer tentativa de sabotagem. Esse é o único meio de reagir a um incidente antes que ele se torne um acidente.
Hiper conectividade
O Brasil já está preparando o terreno para receber o 5G e, assim como ocorreu com o 4G, a adoção da nova geração de conexão no país deve acontecer aos poucos. De qualquer forma, esse fato não pode adiar a preocupação das empresas com a hiper conectividade. Ela já é uma realidade e vai manter o ritmo acelerado de ampliação da superfície de ataques.
O 5G impulsionará uma conectividade ainda maior e veremos um impulso histórico nas indústrias com tudo o que a tecnologia poderá proporcionar ao longo dos próximos anos. Quanto mais equipamentos estiverem conectados, maiores são os riscos de ciberataques. Em 2022, as empresas darão os primeiros passos com o 5G e as particularidades de cada indústria precisam ser respeitadas e protegidas para que os negócios não sejam interrompidos durante esse processo importante de transição.
Nycholas Szucko, diretor regional de Vendas da Nozomi Networks para a América Latina destaca que é fundamental compreender o ambiente e ser capaz de analisar tudo o que acontece nele para conseguir protegê-lo. “É importante possuir um inventário, além de treinar as equipes para que estejam preparadas quando houver um ataque malicioso. Essas práticas aliadas ao backup deixam as empresas um passo à frente diante de uma situação crítica como um ataque de ransomware”.
*Veja o relatório na página da empresa.