O secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Gastão Ramos, foi exonerado do cargo pelo governador Agnelo Queiroz (foto).
Gastão, entretanto, não deixa o governo, pegará uma “assessoria especial” (creio que seja a famosa: “Aspone”).
Tudo para abrigar politicamente o deputado distrital, Cristiano Araujo, aliado do senador Gim Argelo (PTB-DF), que nem deveria ter mandato se a Lei da Ficha limpa tivesse vigorado para quem já tinha processo. O caso dele foi abuso de poder econômico (obrigou trabalhadores da empresa de vigilância do pai a votar na sua candidatura e terminou denunciado por trabalhadores).
Ou seja, o critério competência, ou da especialização para o cargo não interessa. O que vale é o “QI” – quem indicou.
Esperava dos empresários de TI alguma reação à mudança, uma vez que Gastão teria sido uma indicação do setor. Pura bobagem, sonho meu. Já ensaiam um belo discurso de saudação ao novo secretário, enquanto lambem as feridas daquele que está saindo.
É por essas e outras que Brasília não anda em seus projetos prioritários para o setor de TICs.
O Parque Capital Digital, por exemplo, continua no papel há mais de 15 anos. E corre o risco de algum dia ser inaugurado quando o de Goiânia (GO) já estiver cansado de ter entrado em operação. Até agora o Parque Capital Digital só rendeu reportagens pagas em revistas semanais de praticamente todos os secretários que adoram consumir verbas públicas com factoides políticos.
Aliás, se pudessemos instituir um prêmio para a politicagem e negligência suprapartidárias neste país, o parque seria o vencedor. Já passou pelas mãos de vários partidos políticos (PMDB, DEM, PSB e PT) e nenhum até agora disse a que veio.
* Vamos aguardar agora que lambança fará o PTB.