Ao assinar no dia 16 de janeiro de 2020 o 8º Termo Aditivo ao contrato que mantinha com a Dataprev, o INSS só pensava numa estratégia: “reduzir custos operacionais”. E, dentre as medidas adotadas pela direção do órgão, constava a “não prestação de serviços do tipo VPN”, agora solicitada à estatal em caráter emergencial.
O aditivo foi assinado quando já se sabia através da Organização Mundial de Saúde (OMS) que um novo vírus – letal – fora descoberto na China e, por experiência acumulada em crises de saúde pública anteriores, poderia vir a se alastrar pelo mundo, tal como ocorreu por exemplo com o H1N1. Só que com um agravante: ele exigia quarentena para evitar o contágio.
O INSS não previu a possibilidade de ter de manter o funcionário trabalhando em casa e nem a Dataprev se interessou pelo problema. Apesar do noticiário na época dar indícios claros para o risco de ocorrer uma pandemia. Aos dois só interessavam em enxugar gastos e vender a estatal por um bom preço.
O problema vai ser a Dataprev assumir esse trabalho de instalar 4 mil VPN para home office do INSS, agora que não conta com as regionais. Tarefa que fica para o novo presidente da Dataprev, Gustavo Canuto. E justificar que irá fazer o serviço de graça, porque ao cancelar as VPNs em janeiro, o INSS deixou de ter previsão orçamentária para pagar pelo serviço.
Fraco, sem poderes sequer para nomear a sua diretoria, Canuto terá de resolver mais uma trapalhada da equipe de Christiane Edington, em parceria com a incompetente diretoria do INSS, sem levantar muito a poeira para cima do seu controlador. Corre o risco de algum dia ainda ser demitido e levar a culpa pelo problema.