A revista Época registrou um episódio um tanto esquisito no Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo a revista, a Microsoft está recorrendo ao judiciário, para receber uma indenização de R$ 20 milhões por pirataria de software.
Ainda segundo a revista, “o crime teria ocorrido há cinco anos, quando a empresa vendeu 100 cópias do sistema Windows para serem instaladas nos computadores do ministério”.
A empresa alega na justiça, que os 100 programas foram replicados em 10 mil cópias piratas. E que o ministro Manoel Dias, recém-empossado, se disse “surpreso” com o episódio.
E a revista Época sentencia: “seja porque usa programas piratas ou por outro motivo qualquer, a informática do ministério não funciona”.
* Conversa fiada:
O MTE sabia desde o ministro Carlos Lupi, que comprou e fez cópias piratas de licenças da Microsoft. Não pagou por elas e se fingiu de morto, mesmo tendo sido alertada pela empresa.
E o atual ministro Manoel Dias não pode alegar surpresa com esse episódio, pois seu secretário-executivo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, oficializado no cargo na última sexta-feira, mas que já vinha atuando há semanas informalmente no MTE, foi avisado do problema. Disse que não se mexeria para resolver o caso e que a Microsoft fosse para a justiça.
O que me estranha é o papel da ABES nesse episódio. Tão ávida em punir empresas e pessoas por pirataria de software da Microsoft, quando se trata de governo, se cala.