
Por Paulo César Costa* – Os golpes online continuam a todo vapor no Brasil e miram, entre outros alvos, também as pessoas inadimplentes. Com mais de 71,9 milhões de alvos no Brasil, segundo o Serasa, os criminosos aproveitam para explorar o desespero das pessoas que desejam limpar seu nome para voltarem a ter crédito. Assim, os golpistas oferecem falsas promessas de quitação de dívidas, descontos exagerados e até fazem ameaças para pressionar pagamentos urgentes.
Os golpes online ocorrem por diversos canais, como telefone, e-mail, WhatsApp e até correspondências físicas. Assim, os métodos usados podem variar, mas sempre seguem o mesmo objetivo: enganar e tirar dinheiro de quem já enfrenta dificuldades.
Tipos de golpes online recentes mais comuns
A atividade de enganar pessoas por meio remoto requer habilidade. Assim, entre os golpes online mais comuns estão:
- Promessas de limpar o nome mediante pagamento de valores simbólico
- Envio de boletos falsos com valores atrativos, mas com códigos de barras adulterados;
- Pedidos de depósitos antecipados com a falsa promessa de liberação de crédito;
- Falsos leilões online com bens oferecidos a preços muito abaixo do mercado;
- Mensagens no WhatsApp com grandes descontos que direcionam para sites fraudulentos;
- Ligações e e-mails com tom ameaçador, nos quais os criminosos se passam por escritórios de cobrança, e pressionam o pagamento sob risco de supostas ações judiciais.
Melhor forma das pessoas comuns se protegerem
O cidadão comum deverá desenvolver uma cultura de proteção contra os golpes online, o que não é fácil porque o volume de mensagens e ofertas é muito grande. De um modo geral, as pessoas precisam desenvolver a desconfiança e o processo de conferência quando receber mensagens estranhas. Assim, as pessoas devem desconfiar de propostas excessivamente vantajosas, ofertas tentadoras, e principalmente links estranhos enviados por mensagens de remetentes desconhecidos. Além disso, é preciso confirmar qualquer tipo de oferta diretamente nos canais oficiais das empresas envolvidas.
Empresas contra os golpes online: proteção passa pela tecnologia
Diante desse cenário, soluções inovadoras e empresas especializadas em dados, têm desempenhado um papel cada vez mais importante na prevenção a esse tipo de crime. Assim, vale ressaltar duas frentes, a saber:
- Inteligência Artificial – Máquinas e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como raciocínio, aprendizado, tomada de decisões e compreensão da linguagem;
- Big Data estruturado – Grandes volumes de dados complexos e diversificados que são difíceis de gerenciar e analisar usando tecnologias tradicionais.
Com essa proteção, surgem os sistemas de segurança de dados antifraude capazes de realizar conferências automáticas, validação de informações e cruzamento de dados em tempo real. Então, esses recursos passam a ser especialmente valiosos no ambiente B2B, onde decisões precisam ser tomadas com agilidade e segurança. Assim, com essas ferramentas, é possível identificar fraudes, inconsistências, comportamentos suspeitos e evitar que transações fraudulentas sejam concluídas.
Portanto, o cenário de golpes online passou a ser desafiador para pessoas e empresas, de um modo geral, e as pessoas inadimplentes passaram a ser um alvo frequente. Assim, de um modo geral, as pessoas precisam desconfiar de propostas excessivamente vantajosas, links estranhos e conferir o conteúdo das ofertas em canais oficiais das empresas envolvidas. As empresas precisam desenvolver a cultura de proteção de dados passando por Inteligência Artificial (IA) e Big Data estruturado para proteger seus dados, um ativo muito importante. Afinal, em um cenário de incertezas financeiras, a informação, a atenção e o uso de tecnologia são os melhores aliados para evitar golpes e preservar a integridade financeira.
*Paulo César Costa é CEO da PH3A, referência no mercado de Tecnologia da Informação. Matemático, cientista da computação e autoridade em DBM e CRM, Paulo criou sua primeira empresa em 1995, a Informarketing, e seus algoritmos (matchcode, modelos de crédito e fraude) foram valiosos para as operações de grandes empresas e responsáveis pela prospecção de cartões de crédito dos principais bancos no Brasil.