De todo o brilhante texto do e-mail que Avel de Alencar anda espalhando aos quatro cantos de Brasília, a melhor parte é aquela em que ele fala do “uso da coisa pública como se privada fosse”.
Esse santo criou uma faculdade em Brasília com dinheiro do Ministério da Educação, colocou a esposa para dirigi-la, meteu a mão em 1% da folha de pagamento das empresas de informática para sustentar esse mimo, desviou em dois anos mais de R$ 800 mil para a construção de uma nova faculdade em Itapaci-GO, onde mais uma vez a esposa dirige (sabe-se lá como ela consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo).
E não satisfeito, ainda arrendou metade da faculdade de Brasília (EFTI) para o Grupo Educacional Anhanguera, o mesmo da Faculdade JK. Só não vendeu a faculdade de Brasilia, ainda, porque espera que a Terracap coloque em licitação o terreno onde foi construída a unidade educacional.
Com o direito de preferência, deverá dar um lance e arrematar o terreno. Tanto que fez o milagre da subtração em seu último balanço financeiro, ao jogar no chão o valor do patrimônio (faculdade e terreno). Esse valor caiu de R$ 23 milhões para meros R$ 6 milhões. Dá para acreditar?
Mas….Com Avel há sempre um mas…
Em Itapaci, esse poço de moralidade, preferiu escamotear da opinião pública e de uma eventual fiscalização a “sede Itapaci” – informação que ele vinha colocando em seus balanços financeiros na EFTI (Brasilia), caracterizando o desvio do Imposto Sindical de Brasília para Goiás.
Com medo da vinculação desta unidade à EFTI, pois isso algum dia ainda poderá levar esse poço de honestidade para a cadeia, Avel criou a “ASTEQ – Associação de Ensino Profissionalizante, Qualificação Profissional do Vale do São Patrício.”
Trata-se de mais uma “EFTI”, só que com a diferença que essa ele não instituiu a entidade como sendo “sem fins lucrativos”. A propriedade da ASTEQ- Goiás é dele.
O CNPJ da ASTEQ foi criado junto à Receita Federal por Avel de Alencar. Como sempre, a sua mulher, Patrícia Farias de Ferreira Alencar, também preside a entidade, o que significa que ela tem o dom da onipresença, já que também permanece presidente da EFTI, em Brasília.
O corpo diretivo da ASTEQ envolve ainda outros funcionários que hoje ocupam cargos na EFTI em Brasília. Também devem ser seres dotados do mesmo dom de Patrícia Alencar. Por exemplo, Dalyla Costa Barros, que na EFTI em Brasília exerce atividade na área de Recursos Humanos, em Goiás foi ungida “Diretora Administrativa”. O mesmo ocorreria com o funcionário Glauco dos Santos Lopes, que em Itapaci passou a ser Diretor Administrativo e Financeiro da ASTEQ.
* Acreditem se quiser. Avel tem poderes divinos sim senhor. Ninguém neste país conseguiria passar por auditorias do MEC impunemente e muito menos contar com a omissão do Ministério Público do Trabalho, que nunca se mexeu para investigar esse festival de provas que esse Blog vem publicando há anos.