eSports já sofre o assédio dos cartolas no Brasil (parte 1)

O setor de Games tem movimentado cifras bilionárias nos últimos anos. Com a pandemia e o confinamento, o crescimento foi ainda mais significativo em 2020. Segundo dados do relatório da SuperData, braço de análise de entretenimento da Nielsen, o mercado de games teve aumento de 12% na receita no ano passado, em comparação ao ano anterior, o que representou receitas da ordem de US$ 126,6 bilhões.

Para esse ano, a expectativa é que o crescimento seja menor, mas o setor ainda se manterá no saldo positivo. Os analistas esperam 2% de alta e um faturamento na casa dos US$ 142,2 bilhões.

É que nos dias atuais os jogos deixaram de ser apenas diversão e passaram a ser profissão. Até clubes de esportes tradicionais estão investindo na formação de times de eSports.

Só que no Brasil esse crescimento do mercado, a possibilidade dele se expandir ainda mais no país, começa a sofrer o assédio da famigerada burocracia travestida de “regulamentação”.

Conversei com o Advogado, Carlos Eduardo Ambiel, que atua como Árbitro da CAMES – Câmara de Mediação e Arbitragem Especializada. Ele explicou que o esporte digital não tem demanda por estabelecimento de normas.

Nas entrelinhas ficou claro que o Brasil está tentando levar o eSports para dentro das federações de clubes, abrindo espaço para se criar uma espécie de figura que sempre foi vista como nociva no esporte tradicional: o “cartola”.