ERP/SAP: BB continua escondendo informações

Uma novela sem fim. Continua sem solução no Banco do Brasil, a implantação pela SAP – através de um consórcio de empresas – de um ERP que faria a gestão de pessoal tanto no BB, quanto no Fundo de Pensão (Previ) e na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Esse problema já se arrasta há pelo menos uns quatro anos (de memória fraca ainda) e as informações à medida que o tempo passa são cada vez mais escassas. O Banco do Brasil parece que se esforça para jogá-lo para debaixo do tapete, já que o escândalo deveria ser caso de polícia.

Extraoficialmente o projeto inicial teria sido cotado para ser implantado na faixa de R$ 50 milhões e seria desenvolvido pelo “consórcio Planalto” – formado pela Politec e a SAP. A Politec nem existe mais, o pepino passou para a mão da espanhola Indra, que assumiu o controle da antiga empresa de informática brasiliense.

De lá para cá, as informações dão conta que o Banco já pode ter consumido mais de R$ 100 milhões nesse ERP, sem nunca ter produzido qualquer efeito benéfico para a instituição.

Tentei entrar uma vez com pedido de acesso à informação junto ao Banco do Brasil. Solicitei cópias do contrato e possíveis renovações. A resposta que obtive foi um link para acesso aos editais de licitações realizados site de licitações do BB. Recurso? Pra quê? Essa lei não passa de puro marketing criado pela Controladoria Geral da União.

A última novidade foi um ofício enviado no último dia 10 de dezembro pelo Sindicato dos Bancários solicitando acesso informações sobre a implantação do ERP.

O ofício foi dirigido a Carlos Eduardo Leal Neri, da Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref). Aparentemente também não surtiu efeito, segundo informou o sindicato em sua página.

Além de criticar a falta de transparência do BB no trato do assunto, o Sindicato dos Bancários informa que, a partir do atraso na implantação do ERP, que estava previsto para abril do ano passado, a demora “gera custos ao erário”.

* Quanto? Niguém pelo visto nunca saberá.

Abaixo segue cópia do ofício do sindicato ao BB:

zanon