Eles querem queimar R$ 165,7 milhões com redes sociais ao longo da campanha eleitoral

Não bastasse o fundo partidário, que é um escárnio com a população que passa fome e está desempregada, agora os deputados decidiram autorizar o governo a gastar R$ 165,5 milhões em redes sociais e canais digitais. E isso é só uma parte da verba oficial estimada no Orçamento da União que, se somados órgãos federais, bancos oficiais e empresas estatais, essa conta sobe para mais de R$ 1 bilhão.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o substitutivo da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), ao projeto de Lei 4059/21 de autoria do deputado Cacá Leão (PP-BA). A matéria segue agora para o Senado. O projeto permite a administração pública uma brecha nas contratações públicas de mídias sociais e canais digitais e permite um gasto seis vezes superior ao previsto, que é a média das despesas do primeiro semestre de três anos anteriores ao ano do pleito eleitoral. Essa “média” ainda será reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nas contas dos gastos com esse tipo de mídia, da proposta original do deputado Cacá Leão, a média registrada seria em torno de R$ 140,2 milhões. Mas a relatora puxou mais verbas para pagar a prestação desses serviços para R$ 165,7 milhões.

No “blablablá” das justificativas para a elevação dos gastos em ano eleitoral, os parlamentares usaram até a pandemia da Covid-19, que até agora não faltou recursos para a divulgação de publicidade institucional pela Secretaria de Comunicação Social. Ao contrário, deu até para espalhar desinformação sobre tratamento precoce contra a Covid.

*Nenhuma dúvida de que isso passará pelo Senado, podem apostar.