Designado pela presidenta Dilma para o Ministério das Comunicações, Ricardo Berzoini, se divide nessa tarefa e a de articulador político do governo, cargo que desempenhava anteriormente num gabinete no Palácio do Planalto.
São duas funções distintas hoje em dia, diferentemente da época do ex-quase tudo Antonio Carlos Magalhães, quando articulava politica diretamente do Ministério das Comunicações, sendo que na sua época apenas as concessões de rádio e TV dominavam as atividades da pasta.
Hoje não, o Ministério das Comunicações tem um papel relevante no PIB brasileiro, é gerador de mão de obra e o mundo caminhou para uma fusão de três setores que geraram as TICs.
O resultado disso é o já visivel desgaste do ministro, que tem poucos meses na pasta. O maior sintoma desse desgaste ocorreu semana passada, quando presidentes de grandes empresas de telefonia foram parar no Ministério do Planejamento, para se queixar de um possível aumento no Fistel – Fundo das Telecomunicações, que deverá gerar prejuízos ao setor, já que atingirá os consumidores do serviço pré-pago da telefonia móvel.
Estiveram antes com Berzoini, mas como dali não saiu nenhuma ideia melhor…
Não adianta procurar algum dos presidentes para indagar se eles sentem falta de interlocução com o Ministério das Comunicações. Todos dirão que isso ainda existe por lá. O que falta é credibilidade, se ainda acreditam que o interlocutor tem poderes para evitar um mal maior para as empresas, como esse possível aumento do Fistel.
Daí procurarem o ministro Nelson Barbosa para tentar resolver o problema e sequer chamarem Berzoini para participar desta ação.
Berzoini tem se dedicado diariamente a encontros com políticos. Basta conferir na sua Agenda, que se resumiu a encontros e inauguraçlões protocolares. São poucos os eventos da pasta, que pouco tem o que mostrar, uma vez que não dispõe de orçamento para investir em projetos.
* Uma pena, nem o ministério anda e nem a articulação política está surtindo efeitos benéficos ao governo. Até um cego consegue ver isso.