Desde setembro do ano passado a direção da Dataprev vem pagando mensalmente R$ 28 mil de aluguel e R$ 8 mil de condomínio, pelo 12º andar do “Edifício Corporate”, que fica na rua Mariano Torres em Curitiba (PR). Era lá que deveria funcionar o escritório da Dataprev no Paraná.
Deveria, pois foi desativado o espeço físico por medidas de economia.
Em julho de 2019, as direções da Dataprev e do Serpro fecharam um acordo para compartilhamento de infraestrutura, com um discurso de que além da economia que a medida iria representar haveria uma “sinergia” entre as equipes das duas estatais que prestam serviços de informática ao governo.
Passados quatro meses, a suposta “economia” já causou um prejuízo de
R$ 112 mil em aluguel e mais R$ 32 mil de condomínio. Para alegria do locador.
Mas a “sinergia” não para por aí.
Ao fechar o acordo com o Serpro, em julho do ano passado, a direção da Dataprev acatou uma exigência: não poderia levar para o prédio da outra estatal os móveis usados. Teria de chegar com tudo novo e dentro dos padrões de design adotados pelo parceiro.
Afinal de contas, o projeto de “sinergia” somente daria certo se fosse adotada a máxima popular de que: “no escuro, ninguém é de ninguém”. Lindo isso, nem o PT pensou em tamanha igualdade social.
Sendo assim, móveis novos foram comprados e os caixotes começaram a chegar nesta sexta-feira nas dependências do Serpro curitibano.
Só tem dois pequenos probleminhas a serem resolvidos agora, mas que certamente já estão na agenda do Diretor de Administração e Pessoas, Bruno Burgos (foto principal), cuja genialidade está acima da média da Administração Federal.
O primeiro é simples, mas consumirá tempo e mais dinheiro para ser resolvido. Como neste período (setembro/19 – janeiro/20) não foram concluídas as obras de adaptação dos cabos, rede elétrica, da infraestrutura do escritório, os móveis não podem ser instalados.
Já o segundo é um pouquinho mais complicado. De setembro para cá, a Dataprev mudou de planos e decidiu não apenas desativar a estrutura física em Curitiba, mas extinguir a unidade no Paraná.
Inclusive já colocou 43 funcionários no limbo administrativo, provavelmente aguardando apenas a hora de demiti-los, uma vez que nem as senhas de acesso aos sistemas da empresa continuam ativas para eles tentarem trabalhar em casa.
Mesmo assim, segundo informações de bastidores, além do aluguel e do condomínio, a Dataprev continuou gastando por conta de um projeto que já não pretende mais executar. Esses gastos até agora já podem ter ultrapassado a casa de R$ 300 mil com obras e material de escritório.