Com a intensificação da tecnologia, as cidades estão se tornando mais inteligentes ao redor do mundo. Uma métrica que reflete essa expansão é a previsão para o tamanho deste setor. Segundo a consultoria Research&Markets, o mercado de smart cities deve movimentar US$ 2,5 trilhões até 2025, com crescimento de 20,5% ao ano. Estados Unidos, países da Europa ocidental, China, Japão e Coréia do Sul devem liderar estes investimentos.
Para Roberto Speicys, CEO e co-fundador da Scipopulis, especializada em análise de dados para cidades inteligentes, empresa da green4T, algumas tecnologias têm sido implementadas em várias cidades do mundo, transformando significativamente a realidade urbana e seus serviços. “Opções como a IoT (Internet das Coisas), Edge Computing, cloud computing, inteligência artificial (IA), 5G entre outras — já são consideradas essenciais e têm demonstrado, de forma prática, os benefícios de sua empregabilidade em verticais como saúde pública, transporte, energia, infraestrutura e a própria garantia da cidadania”, conta.
Na palma da mão
A gerente de projetos Smart Cities da green4T, Aurélie dos Santos, afirma que a percepção comum de que a tecnologia seja um recurso cuja atuação nas cidades estaria restrita aos bastidores dos serviços públicos está se tornando ultrapassada a cada dia. “Aplicativos têm conectado os moradores com uma ampla gama de órgãos governamentais e entidades ligadas à gestão dos municípios, seja para requisitar uma simples poda de árvore ou mesmo reportar problemas como um buraco na rua”, contextualiza a especialista.
De acordo com Aurélie, o conceito de “open data”, com informações a respeito da cidade disponibilizadas a todos, têm empoderado os cidadãos e permitido um acompanhamento mais amplo sobre a gestão pública, além de abrir caminho para a participação da iniciativa privada na criação de soluções e de novos negócios.
Mobilidade e transporte
Problema crônico das grandes cidades, os congestionamentos nas vias urbanas causam enorme prejuízo para o meio ambiente, os negócios e a saúde física e mental dos habitantes. Neste quesito, Roberto Speicys comenta que as ferramentas tecnológicas que consolidam dados enviados por satélite, sistemas de tráfego baseado em câmeras e sensores, e do próprio motorista, podem melhorar sensivelmente a mobilidade urbana, seja por meio de envio de alertas a respeito de zonas críticas, na orientação das equipes de campo ou no aprimoramento da gestão de toda a malha viária.
Com o transporte público, por exemplo, é possível também melhorar a qualidade do atendimento à população por meio da análise integrada de dados captados por uma arquitetura inteligente, envolvendo dispositivos conectados nas frotas de ônibus e nas estações, GPS e informações colhidas junto aos operadores do sistema. “É a partir destas informações que o gestor público passa a estar mais capacitado para elaborar novas políticas para o setor, seja por meio de novas rotas, corredores exclusivos ou, ainda, a substituição gradativa da matriz energética do modal em questão, visando reduzir os níveis de emissões de CO2 e outros gases poluentes”, diz o executivo.
Demanda por processamento
A aceleração da transformação digital dos centros urbanos traz consigo uma outra demanda: por processamento e análise de dados. Afinal, se tudo está conectado, integrado e computado nestas cidades inteligentes, é preciso contar com infraestruturas de TI absolutamente eficientes, resilientes e disponíveis a fim de endereçar toda essa inteligência gerada pelo ecossistema tecnológico para capacitar a atuação dos gestores públicos, de forma ágil e segura.
Com o processo de digitalização, descobriu-se que as cidades podem “falar” e é preciso compreendê-las da forma mais clara possível. Um fenômeno crescente e proporcionado pela tecnologia, que tem contribuído para a geração de novos negócios e para trazer mais eficiência aos serviços públicos, maior transparência e mais qualidade na gestão dos recursos naturais e de energia nas áreas urbanas.
*Fonte: Assessoria de Imprensa.