Por Paulo Ramos* – É natural que as empresas precisem passar por momentos de reorganização de suas atividades durante sua trajetória, seja para se adaptar às mudanças do mercado, melhorar sua eficiência operacional, reduzir custos ou enfrentar questões financeiras. Isso envolve desde mudanças na estrutura organizacional até a adoção de novas tecnologias, com a incorporação de medidas adequadas e estratégias eficazes, as empresas conseguem superar barreiras e aumentar seu potencial sustentável.
Nesse contexto, a contratação de um sistema de gestão empresarial (ERP) é uma ferramenta essencial para auxiliar na adaptação às mudanças e garantir a eficiência das operações. O ERP tem a capacidade de integrar todos os setores de uma empresa em um único sistema, possibilitando o controle e gerenciamento de dados e informações. Nesse sentido, sua implementação é um investimento estratégico que ajuda a impulsionar a transformação da empresa e garantir a continuidade do negócio.
Como o ERP pode apoiar uma reestruturação empresarial?
Não contratar um ERP em um momento de reestruturação pode ser um erro. O empresário muda ou tira pessoas, mas não faz certo e nem diferente. Em momentos de incertezas provocadas por elementos excêntricos postos à mesa de nossa economia, as empresas tendem a demitir acreditando que apenas este movimento é uma reestruturação. Aprendi que isso é um equívoco com o livro “Quem disse que os elefantes não dançam” de Louis Gerstner.
Um dado importante é analisar as Big Techs, que demitiram milhares de pessoas este ano, todavia alguns de seus papéis tiveram performances positivas. Isso mostra que o que há por trás é uma estratégia bem consolidada de transformação que passa desde desligamentos até transformações de negócios, reorganizações de processos, ações de governança e investimentos em tecnologia. Tudo é um contexto de lições básicas da administração como lucro e perpetuidade além de passagens de “crescer, não destruir” de Robert Tomasko — tão antigo, mas assertivo.
Nesse cenário, a tecnologia é fundamental e traz plena segurança para a retenção do conhecimento, a otimização dos fluxos operacionais, o estabelecimento de ações governáveis e auditáveis. É por isso que um ERP aumenta o chamado Valuation das companhias. Esse é um vetor importantíssimo para aquele empresário que pensa em crescimento sustentável, expansão dos negócios, organização para tomadas de crédito em tempos de altas taxas de juros ou até mesmo a venda da empresa.
Muitos líderes empresariais precisam mudar o olhar sobre os investimentos em tecnologia. Não é apenas o software que gerencia ou apoia nas vendas que trazem o retorno, mas sim aquele que aumenta sua eficiência, traz segurança e valor em tempos propícios ao surgimento de cisnes negros, conforme citação de Nassim Nicholas Taleb, autor, ensaísta, estatístico, e analista de riscos líbano-americano.
*Paulo Ramos é Head de SAP na Actionsys.
