A Comissão de Administração e Serviços Públicos aprovou o requerimento da deputada Erika Kokay (PT-DF), que propõe uma audiência pública (em data ainda a ser marcada) para debater etarismo no Serpro. A estatal decidiu reduzir de 75 para 70 anos, a idade limite para aplicação de aposentadorias compulsórias, medida que deverá acarretar na exclusão de 1700 funcionários nos próximos três anos.
Serão chamados para a audiência pública:
-Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – MGI;
-Ministério da Fazenda;
-Presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO;
-Representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços em Informática e Similares FENADADOS;
-Sr. Sérgio Takemoto – Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal.
Dois deputados subscreveram o pedido de Erika Kokay: Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e André Figueiredo (PDT-CE), ex-ministro das Comunicações no Governo Dilma.
“A prática de etarismo hoje em dia é injustificável no Serpro, uma vez que nós temos vários profissionais na faixa de 75 anos extremamente experientes. A redução pode acarretar um grave prejuízo de experiência e competência nessa empresa, que nós temos como estratégica para a administração do nosso país”, destacou o deputado.
A maioria esmagadora dos funcionários do Serpro não concorda com a medida. E numa assembléia nacional realizada online pelos sindicatos, cerca de 500 trabalhadores compareceram e disseram “não” à proposta. Em paralelo, apenas 23 funcionários foram confirmados para o “Programa Novos Horizontes”, instituído pelo presidente do Serpro, Alexandre Amorim, que visa demitir funcionários num PDV. O programa visa mitigar os efeitos nocivos de imagem causados por ele nos servidores, após o anúncio das novas medidas administrativas no Serpro.