O diretor de Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Justiça, Thiago de Andrade Vieira, encaminhou na rede do CNJ um ofício nº 56/DTI, no qual ele alertou a todos os dirigentes das áreas de TI dos tribunais que o Brasil seria alvo de um “ataque cibernético por um grupo hacker internacional”.
E para complementar a informação, anunciou que havia adotado como “medida preventiva”, o bloqueio de “todos os acessos de fora do Brasil aos sistemas informatizados do Conselho Nacional de
Justiça” por 24 horas.
“Comunicamos que medidas de monitoramento de sistemas, especialmente no período restante do mês de outubro, serão reforçadas, e solicitamos a todos os usuários que reforcem os cuidados quanto a utilização do e-mail e o acesso aos sistemas CNJ”, informou ainda Thiago Vieira.
No Ofício 56, o diretor explicou que recebeu esse alerta da Equipe de Tratamento e Resposta de Incidentes do CNJ (ETIR-CNJ) que, por sua vez, recebeu alertas do Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR Gov).
Na página do CTIR.Gov o último alerta expedido pela Autoridade foi no dia 17 de outubro e ocorreu com relação à vulnerabilidade crítica detectada pela CISCO no seu software “CISCO IOS XE”. Não há nenhum alerta geral ou específico sobre a possibilidade de um ataque internacional na rede do judiciário ou no país. Este blog dá como desconto, o fato de nunca ter visto anteriormente um anúncio de “ataque hacker” na página do CETIR.
Entretanto houve um “alerta geral de Twitter” (hoje plataforma “X”), publicado na página do “Daily Dark Web”, sobre um grupo ter declarado guerra à Israel e listado uma série de países como “alvo”, em que o Brasil tinha data marcada para ocorrer um ataque no dia 20 de outubro, além de outros. Se tal mensagem for o padrão de ação de inteligência brasileira para detectar ataques cibernéticos, então o país vai bem em matéria de prevenção à incidentes.
*Este blog procurou o diretor do CNJ ontem para que ele pudesse dar maiores informações sobre as suspeitas desse ataque mas não obteve retorno. A desculpa foi que estava “em reunião”. Acreditamos que diante da gravidade do quadro, da iminência de um “ataque cibernético internacional”, provavelmente a reunião do diretor do CNJ ainda não acabou.