Este Blog tem dois vídeos bastante significativos, para explicar porque considera estranha essa compra de capital societário da CPM Braxis feita pela CaixaPar.
No primeiro vídeo vocês verão que a então vice-presidente de TI da Caixa, Clarice Copetti, falava abertamente do interesse do banco oficial em assumir parte do controle societário da Cobra Tecnologia junto ao Banco do Brasil e justificava esse acordo:
Essa entrevista em vídeo de Clarice foi feita por mim e publicada no dia 10 de junho de 2010.
Depois dele veio a mudança de governo e na direção da Caixa Econômica. Em 2011 mudou o foco do interesse do banco oficial pela subsidiária de TI do Banco do Brasil, sem nenhuma explicação coerente para explicar os motivos de ter malogrado o negócio. E também sem nenhum comunicado oficial à CVM, tal como fez quando anunciou o interesse na compra de parte do capital da Cobra. Nem a CEF ou o BB informaram oficialmente a desistência do acordo.
De lá para cá ficou um hiato completo sobre o que faria a CEF para ter uma empresa de TI prestando serviços, descontados os boatos, até que no dia 31 de maio deste ano, o vice-presidente de TI da Caixa, Joaquim Lima de Oliveira, concedeu uma entrevista ao site Executivos Financeiros. No vídeo ele não fala explicitamente que está interessado na CPM Braxis Capgemini. Mas o site especializado titulou a reportagem, concedida ao editor chefe da revista, Guilheme Berriel, como se assim fosse.
Curioso é que Joaquim usa os mesmos argumentos de sua antecessora Clarice Coppeti, para explicar as razões para a Caixa ter um parceiro de TI.
* Ou seja num prazo bastante rápido a Cobra deixou de ser a cereja do bolo da CEF, para abrir caminho para a francesa CPM Braxis Capgemini. Sem contar que no meio do caminho quem tomou um suposto “balão” também foi a Datamec, que chegou a ser cogitada pelos funcionários como possível empresa a ser recomprada pela Caixa junto à Unisys. Durma-se com tanto barulho!!!