Avel efetiva venda da EFTI para o “grupo JK”

Enquanto o SINDPD-DF tenta a reintegração de posse da escola comandada por Avel de Alencar através da Associação EFTI, o diretor expulso aplica o maior golpe do meio sindical: Vende a instituição, que deveria ser dos trabalhadores já que foi construída com dinheiro do MEC, pelo preço de  R$ 10 milhões.

A Transação

Este Blog denunciou há meses que Avel vinha negociando a EFTI com o Grupo Anhanguera Educacional, controlador da escola e Faculdade JK, cujos sócios são investidores estrangeiros. O próprio Avel chegou a colocar na fachada da EFTI uma propaganda da JK.

No dia 29 de agosto de 2011, a Faculdade de Tecnologia Paulo Freire (Fatep), cujo único bem não passa do nome, já que ela está abrigada na EFTI – Escola de Formação dos Trabalhadores de Informática, mudou de mantenedor.

Naquela data saiu no Diário Oficial da União a Portaria nº360, de 18 de agosto, assinada pelo secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Luís Fernando Massonetto, na qual a secretaria aprovava a transferência da “mantença” da Faculdade de Tecnologia Paulo Freire – cujo mantenedor é a Associação de Formação dos Trabalhadores de Informática (EFTI) – para a uma nova Faculdade, que se denominaria: Faculdade JK de Tecnologia (FacJK).

O novo dono da “Mantença” passou a ser a Associação de Ensino Superior Juscelino Kubstichek (sic), cuja sigla passou a ser “ASJK”. A portaria inclusive erra o nome do fundador da capital do Brasil, (o correto é Juscelino Kubitschek).  Se tiver dificuldade, clique na imagem para ampliá-la ainda mais:

A Faculdade de Tecnologia Paulo Freire só existe, de fato, no nome. Não tem prédio próprio ou outros tipos de bens (ao que se sabe oficialmente). Absolutamente nada. Até então não passava de uma ideia de Avel de Alencar, quando era diretor Jurídico do SINDPD-DF.

A Faculdade sempre foi abrigada na Escola de Formação de Trabalhadores em Informática (EFTI), criada com recursos do Ministério da Educação, através de convênios assinados pelo SINDPD-DF no PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional. Esse programa começou no final do Governo Fernando Henrique Cardoso, mas não foi muito além, no Governo Lula.

Mas na época e com o dinheiro do ministério nas mãos (em torno de R$ 3 milhões), o SINDPD-DF pode dar o início às obras de construção da EFTI. O terreno foi obtido pelo sindicato através da concessão de uso junto à Terracap.

Denúncia

Na época nem o SINDPD-DF deu bola para o fato denunciado pelo Blog, já que até então Avel de Alencar ainda gozava da amizade dos demais diretores. Pois bem, agora pessoas próximas ao diretor expulso garantem que a EFTI já faz parte da JK.

E a negociação se deu, mesmo a JK sabendo do litígio jurídico que vem ocorrendo entre Avel e o SINDPD-DF, mesmo sabendo que há uma reintegração de posse em andamento movida pelo sindicato e que há também pendências financeiras entre a EFTI e o MEC. Isso, sem falar na Terracap, que sequer colocou o terreno em licitação, depois que o SINDPD-DF devolveu o empreendimento.

É evidente que, para a JK, qualquer pendência é contornável,  se considerado o benefício final de se ganhar uma escola prontinha bem no início do Lago Norte, área considera nobre em Brasília e supervalorizada. Até porque, Avel conta com um documento, no qual o SINDPD-DF abriu mão dos direitos de propriedade da EFTI.

Os próximos capítulos serão muito interessantes, pois Avel, segundo fontes ligadas à
ele, está se desfazendo de todos os seus bens em Brasília, para depois se mandar para Itapaci, no interior de Goiás.