A banda larga por satélite de Fabio Faria e Elon Musk vai sair por R$ 2,6 mil/mês. Quem pagará isso?

Anunciado com festa no Twitter, sem nenhuma explicação oficial, pois o ministro Fabio Faria se recusa a dar coletivas de imprensa, como boa parte deste governo, a internet via satélite de baixa órbita de Elon Musk, o gênio que levou o governo a se deslocar até os EUA para fazer fotos, irá custar os seguintes preços, segundo nota oficial da companhia:

1 – A partir de US$ 99 por mês (R$ 532), ou

2 – Kit de instalação, com antena e roteador, está disponível por US$ 499 (R$ 2.689).

“É possível, no entanto, que os preços venham a abaixar, conforme a rede aumente e alcance uma escala sustentável no número de usuários. Além disso, a disponibilidade de um serviço de conexão por satélites não-geoestacionários no mercado é bem-vinda, pois traz mais uma opção de banda larga aos consumidores em países de grandes dimensões territoriais, a exemplo do Brasil”, explica o professor Marcio Mathias da FEI.

Promessas

No Brasil e principalmente na Amazônia, pois foi essa a desculpa encontrada pelo ministro do Twitter Fabio Faria, para justificar ter ido aos EUA fechar essa “parceria”, o “ganho de escala” sugerido pelo executivo, que poderá baixar o preço do serviço, está longe de ocorrer.

A saída seria o governo entrar como comprador do serviço para fazer política pública. Mas aí fica a pergunta: o governo, que já tem a Telebras fazendo o serviço que custa R$ 1.330,0t0 pode bancar a Internet bem carinha de Elon Musk em programas governamentais?

Num vídeo promocional de Fabio Faria com Elon Musk, ocorrido quando o ministro foi aos Estados Unidos puxar o saco do empresário, eles falam em “salvar” escolas rurais da exclusão digital com esses serviços.