Coluna da Segunda

Leitura Dinâmica –

Este blog pagará para aquele que conseguir surrupiar a papelada que o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, costuma levar para se apresentar em público. Ele já mostrou inúmeras vezes que não consegue improvisar. Se bobear nem sabe direito o que deverá falar; ainda mais se for sobre tecnologia. Costuma levar uma colinha para “ler os seus improvisos” em comissões da Câmara. Imaginem se alguém tivesse passado a mão na papelada que ele levou para ler na Comissão de Inteligência Artificial na semana passada? Teria sido um apagão histórico em Brasília. hahahahahahaha

Custo/Benefício

O gerente de Políticas Públicas para a América Latina da OpenAI, Nicolas Robinson Andrade, não cabe em si de tanta felicidade. Apoiou um evento meia-boca da Enap sobre Inteligência Artificial e ganhou platéia de cinco mil pessoas (presencial e online), público estimado por ele. O que importa é que muita gente certamente era gestor público. Aquele que futuramente quando for adquirir alguma solução de interligência artificial se lembrará das palavras de apoio ao Brasil vindas do executivo. Brasileiro é tão bonzinho…

Google

Rumores de que Serpro continua fazendo propaganda do contrato com essa empresa, mas na realidade ele continua no zero à zero. A empresa não consegue instalar a sua nuvem e a estatal não paga. O contribuinte agradece.

Google 2

No Paraná, as áreas de controle fecham o cerco contra o governador Ratinho, por causa de um contrato com a Google nos mesmos moldes do assinado pelo Serpro. As cláusulas que o governo daquele estado é obrigado a cumprir são arrepiantes e coloca mais uma vez em discussão sobre onde o Paraná pretende chegar com a malfadada e inexplicável privatização da Celepar.

Perguntar não ofende

Lula já está usando Starlink e vai para a ONU navegando com ela no avião presidencial?

Faroeste Caboclo

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Curioso para assistir as audiências na CPI do INSS de todos os que ocuparam a presidência da Dataprev desde 2019. Quero ver quem vai tentar empurrar para cima de Rodrigo Assumpção (o atual presidente) – que criou um sistema para evitar abusos, mas teve de se contentar em vê-lo rodando em paralelo com o fraudulento, por ordem do INSS. Quero ver também quem assumirá a responsabilidade que lhes era cabida: não deixar os velhinhos serem enrolados por essas entidades picaretas que descontavam as suas aposentadorias.

Redata

Tinha achado estranho o fato do Redata, o novo “Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center” não definir na Medida Provisória para qual fundo irão os recursos que forem recolhidos para “Pesquisa e Desenvolvimento” (P&D). Está previsto o recolhimento dos 2% do valor dos produtos adquiridos no mercado interno ou importados. Por se tratar de P&D, achei que o dinheiro iria para o FNDCT – Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Mas não deverá ser assim. Há um acordo interno no governo para o dinheiro ser depositado no “Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT)”. Fundo criado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para o ministro e vice-presidente, Geraldo Alckmin “chamar de seu”. E não ter de ficar pedindo para Luciana Santos (MCTI) assinar os cheques do FNDCT nos programas Nova Industria Brasil e PBIA.

Alguém Explica?

O que a Agência Brasileira de Inteligência espera obter em termos de “serviços de operação e gerenciamento de TIC“, de uma empresa que diz que a sua missão é “inspirar nossos alunos a realizar seus sonhos por meio da educação e de experiências únicas”? Não consigo entender, mas os agentes secretos irão pagar R$ 2,8 milhões pelo tal serviço.

UNE no poder

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O Diário Oficial traz a nomeação da nova “Assessora Especial” da ministra Luciana Santos, no MCTI. Trata-se de Virgínia Gomes de Barros e Silva, que assume uma função CCE 2.15, cujo o salário, sem nenhum penduricalho, chega a R$ 14.849,50 mensais. Qual a intimidade dela com a Ciência ou a Tecnologia, sabe-se lá. Seu passado pesquisável na Internet diz apenas que ela foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) entre 2013 e 2015. E que o seu único Ato na época, que é visível nas redes, foi a participação dela em agosto de 2013 de um evento em que entregou a bandeira da UNE para a ex-presidente Dilma Rousseff, durante a comemoração do primeiro milhão de contratos inscritos no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil). A Ciência está em festa.