Coluna da Segunda: Segundo semestre e…

Nada, tudo na mesma. Para um governo que se comunica por redes sociais, só factóides, autopromoção e vida que segue. Me lembram os famosos “telecentros de inclusão digital”, “o laptop escolar”, “SerproMail” e outras pirotecnias políticas dos Governos Lula anteriores que não deram em nada, mas rendeu na época muito blábláblá. Enganaram o presidente na época e continuam enganando agora. A diferença é que agora sequer dão satisfação sobre o que pretendem fazer, pois eles não têm a menor ideia do que farão. Mas para viajar ao exterior com tudo pago pelo contribuinte está uma farra medonha.

Pindorama

Agora vai, o Brasil deverá ter o seu primeiro cientista na Estação Espacial Internacional (ISS) em novembro de 2024. A ministra Luciana Santos está animadíssima com a ideia e já levou o cientista para um encontro com Lula. O cientista escolhido foi Alysson Muotri (foto), que tem desenvolvido um estudo para proteger o cérebro de astronautas contra os efeitos da microgravidade.

*Na Universidade da Califórnia, of course.

Pindorama II

Resta saber quanto desta vez o país irá arcar com o custo de mandar alguém ao espaço. Da última vez, no primeiro Governo Lula, o Brasil gastou U$10 milhões para o astronauta Marcos Pontes plantar feijão. O resultado para a Ciência foi nenhum, mas Pontes virou ministro de C&T do Governo Bolsonaro e depois senador por São Paulo.

Será?

Comentam que a direção da ANPD não teve até hoje nenhum encontro com as autoridades do Ministério da Justiça, desde que saiu em janeiro do controle da Presidência da República e passou para a pasta comandada por Flávio Dino. Os três militares não foram sequer chamados para discutir as necessidades da autarquia.

*Enquanto isso, os vazamentos de dados do cidadão brasileiro prosperam.

Unisys/Dataprev

Mais uma renovação de contrato saiu hoje no Diário Oficial da União assinado entre a Unisys e a Dataprev, que agora já bateu a casa dos R$ 101,8 milhões. O contrato será de 48 meses e a empresa fará “serviços de atualização do ambiente mainframe Unisys”. Num papo informal com Rodrigo Assumpção, o presidente da estatal, ficou claro que ele pretende acabar com essa dependência. O maior interessado na manutenção desse contrato já foi exonerado da direção da empresa. Resta ao Rodrigo limpar todos os demais enrolados na gestão bolsonarista da empresa.

Fogo Amigo

Recebi denúncia contra casal empregado no governo – bem empregado, diga-se de passagem – pelo fato de serem sócios numa empresa que tem o CNPJ ativo desde agosto de 2022. Pesquisei e não encontrei nenhum contrato com o governo que pudesse desaboná-los. Se a empresa chegou a ser usada alguma vez, provavelmente foi na iniciativa privada. Não há nada que indique que vão usá-la agora, quando ocupam postos-chave no governo. Mas recomendo que procurem a Receita Federal e suspendam o CNPJ. Não fica bem ter empresa e estar no governo.

Missão 5G

Já está virando tradição. Todo ministro das Comunicações quando assume a pasta, dá logo um jeito de conhecer as instalações da Nokia na Finlândia. Foi assim com Fabio Faria e agora com Juscelino Filho. Nada de interessante sai de lá além da possibilidade de se fazer turismo às custas do contribuinte. A desculpa é sempre a mesma: conhecer os avanços da tecnologia 5G, que o Brasil participa apenas como mercado consumidor. Aliás, o 5G alcançou a marca dos 10 milhões de acessos no país, segundo informa a Conexis. E, para variar, nenhuma escola foi conectada com ela, apesar do governo poder contar com R$ 3,1 bilhões das licenças do leilão para investir.

Saiu mesmo?

Apesar de ter comunicado aos “amigos” da Fundação Perseu Abramo, de que está deixando a direção do DATASUS, Sérgio Rosa continua figurando como diretor na página oficial do órgão. A mensagem dele sobre sua saída dá margens para muitas interpretações. No campo da política, avaliam no meio petista que ele saiu porque trombou com a Secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad. Segundo as más línguas, ele achava que iria mandar na TI do Ministério da Saúde e descobriu que quem manda é ela. Daí o seu intrigante comentário na saída: “a função de TIC não pode estar subordinada à uma secretaria finalística como está”.

*Mistérios…