Empreendedorismo no setor em alta e esperança de um futuro melhor

Por Fábio Veras* – Ainda não podemos dizer que a pandemia acabou, mas é inegável que com a imunização em alta, novos hábitos e o retorno cada vez maior das pessoas às ruas e ao “presencial”, vivemos um cenário cada vez mais parecido com o “antigo normal”. Da dura fase de isolamento, em que muitos postos de trabalho formal se fecharam de forma abrupta, ganhamos como herança um grande avanço no trabalho remoto, na aceleração da digitalização e na abertura de novas empresas. Isso mesmo: o empreendedorismo cresceu, ainda que como uma alternativa a um mercado de trabalho em crise.

Muitas empresas, dos mais diferentes segmentos da economia sucumbiram à pandemia de forma implacável. No entanto, o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e inovação registra uma trajetória de alta. Em 2021, segundo a Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, o crescimento do setor foi de impressionantes 36,4% e – veja bem o paradoxo do setor – 198 mil novos postos de trabalho foram criados.

Outro dado, dessa vez da plataforma de inteligência de vendas Cortex, que reúne e cruza informações de mais de 17 mil fontes locais e globais, o setor de TIC foi o segundo segmento que mais cresceu no Brasil em 2021. No ano passado, foi registrado um aumento de 60% em relação a 2020. Em comparação com 2019, o número fica ainda maior, apresentando um aumento de 100,53%. Nos últimos três anos, o país contou com a abertura de 80,8 mil novos CNPJs no segmento de tecnologia. Desses, 93,7% eram microempresas.

Não tem como negar que a transformação digital que fomos praticamente obrigados a sofrer mudou hábitos e colaborou para tantos números positivos no setor de TIC. São novas necessidades e novos perfis de profissionais que se fazem necessários para a atualidade. Profissionais em suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, consultores em tecnologia da informação e profissionais de desenvolvimento de programas são cada vez mais requisitados.

O resultado são as diversas ferramentas tecnológicas que facilitam a rotina das pessoas, um mundo de possibilidades para quem “flerta” com o setor, uma cadeia produtiva em crescimento e cada vez mais poderosa e, claro, um mundo de novas tecnologias para que as empresas consigam se manter ativas e prestar os melhores serviços para toda a sociedade.

*Fábio Veras – Empresário, Conselheiro da ANATEL, PhD, Presidente do Sindinfor e do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG.