Conversei ontem de tarde com o professor de Direito Econômico da USP, Diogo Coutinho, sobre o processo de privatizações do Serpro e da Dataprev. O professor fez um estudo divulgado pelo Data Privacy Brasil, que alerta para a série de incongruências no processo de venda de estatais que guardam informações pessoais de milhões de brasileiros.
Com essa entrevista, dou por encerrada a minha participação no processo de discussão sobre a venda do Serpro e da Dataprev. Não significa que não darei informação se cair em minhas mãos, que seja relevante para o processo. Apenas estou dizendo que não participarei de um jogo com claras intenções politico/sindicais, de gente que decidiu tomar dinheiro de funcionários das empresas para fazer marketing em mídia que aceita embarcar nesse barco.
Não comprei as guerras que comprei até hoje por dinheiro, ainda mais pago por funcionários do Serpro e da Dataprev. Ao contrário, paguei caro por não me dobrar aos interesses de governos e empresas ávidas para por as mãos nos dados de cidadãos brasileiros.
Não entrei nessa luta de divulgar erros cometidos por um governo nas privatizações por interesse financeiro. Acredito no modelo estatal, que não pode ser confundido com o que está aí: grande, perdulário, sem foco e cartorial.
Mas se esta foi a decisão dos funcionários do Serpro e da Dataprev, de pagar escritório de lobista para serem notícia, então estou fora.
Não contem comigo para tomar dinheiro de gente desesperada.
E aos safados que estão fazendo essa campanha para ganharem prestígio político e, quem sabe, cargos nas estatais num próximo governo, fiquem cientes de que a hora de vocês irá chegar. Abraços e desejo sorte à vocês, funcionários.