Passou despercebido por mim ontem, mas hoje, com o dia supostamente mais calmo, deu para refletir sobre as entrelinhas da cartinha que a presidente da Dataprev, Christiane Edington, encaminhou para os funcionários internamente na empresa.
Ela desmentiu o secretário que cuida das privatizações, Salim Mattar. Ao desvincular as demissões dos 493 funcionários das regionais com o processo de privatizações que Mattar vem conduzindo, ela isolou o secretário.
No dia 8 de janeiro Salim Mattar foi para as redes sociais festejar as demissões, alegando que essa, entre outras medidas, ajudaria a melhorar a saúde financeira da empresa para o processo de privatização. Ou seja: o preço de venda.
Christiane, por sua vez, negou essa intenção:
“Muito se tem propagado a respeito do encerramento das unidades e o processo de desestatização da empresa, que corre em paralelo. É preciso enfatizar: o encerramento dessas unidades vem sendo estudado há bastante tempo sem nenhuma conexão com a intenção do Governo Federal em privatizar a Dataprev”.
Curioso, achava até ontem que a Dataprev era parte do “governo federal”. Após essa cartinha, vejo que não. Pelo menos não na banda em que toca Salim Mattar.
*Abre o olho, secretário, porque estão te fritando.