Olha, tinha tempos que não cobria uma reunião do Conselho Diretor da Anatel. Eu meio que abandonei o setor, diante da chatice que ele se tornou, tratando de assuntos edificantes como orelhões e fios de cobre, além de multas impagáveis.
Mas gora confesso que estou arrependido e me penitencio. Nunca antes na história desta agência reguladora tinha visto uma reunião tão, digamos, “caliente”, com conselheiros “discutindo a relação” com mágoas e ressentimentos causados por amores não correspondidos.
Eu chorei.
Não é possível que um conselheiro declare-se tão abandonado, sem carinho, em meio à tantos PADOS, TACs, Outorgas e Bens Reversíveis.
Nossos correspondentes internacionais se desdobraram para copiar o vídeo da sessão. Desse momento ímpar para as telecomunicações brasileiras.
E conseguiram!
Tudo começou na reunião de hoje pela amanhã, quando o conselheiro Aníbal Diniz supostamente teria cobrado do presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, uma ação clara da agência reguladora em resposta à decisão tomada pelo TCU num processo sobre o acompanhamento da questão dos bens reversíveis.
Decisão que afetaria na prática os efeitos do PL 79/2016, pois segundo o site Teletime, teria o efeito de “travar qualquer possibilidade de a Anatel definir a metodologia e calcular rapidamente o valor correspondente à adaptação das concessões de telefonia fixa em autorizações e conseguir converter estes valores em projetos de banda larga”.
Diniz criticou, mas quem partiu para a “DR” com o presidente Leonardo Euler de Morais foi o conselheiro Vicente Bandeira de Aquino Neto.
Daqui para a frente segue o vídeo, que é autoexplicativo. Divirtam-se, digo, assistam: