Ahh se as pessoas pudessem ver as trocas de correspondências, entre os membros do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Descobririam que em matéria de “governança” estamos mal. Lá dentro tudo é tratado no maior e absoluto sigilo.
Informação pública?
Só o que convém e interessa a alguns dos “donos” do CGI.
Se as reuniões fossem transparentes e públicas, se as discussões fossem acompanhadas pela Internet, com a possibilidade de participação popular, não ocorreriam trocas de farpas entre os membros, já que aí prevaleceria a regra da compostura.
Poderíamos saber, por exemplo, se prevalecerá a estimativa de se gastar mais de US$ 3 milhões, pelo governo, para realizar o tal “Encontro Multissetorial Global sobre Governança da Internet”, que será sediado pelo Brasil nos dias 23 e 24 de abril.
Evento que a presidenta Dilma pretende badalar, apesar de aqui, no Brasil, ela não feito nada concreto até agora para driblar a espionagem contra o governo – um dos assuntos que gerou notoriedade ao país e o espaço político para realizar esse evento.
Em tempo: Os US$ 3 milhões por enquanto não passam de uma estimativa chutada por um dos integrantes do CGI, Percival Henriques, da ANID, uma ONG que conseguiu se instalar nesse organismo e já pensa na reeleição do seu representante. Esse valor foi estimado por ele em entrevista à Teletime.
Para quem não sabe, essa ONG é a mesma que no ano passado abocanhou R$ 500 mil para realização de um evento na Paraíba (sua sede) e prometeu levar o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, como a grande autoridade governamental. Acabou não levando nem o terceiro escalão do Minicom, que farejou o mico e pulou fora.
Depois da fatídica entrevista ao site especializado, a reação de outros membros do CGI foi de reprimenda ao falador. Percival foi até acusado de estar “em campanha para a reeleição no CGI”, e de estar vazando informações consideradas “sigilosas” para a patuleia que abunda na Internet.
* E depois defendem que a Internet seja “livre”.