A nova versão de texto do projeto de lei das terceirizações que tramita na Câmara, não atinge a Administração Federal, na área fim. Mas libera a celebração de contratos com empresas terceirizadas de TI em setores até então considerados estratégicos, devido ao elevado grau de segurança das informações.
É tudo que os bancos oficiais querem: enterrar de vez com as suas equipes de TI, para saírem contratando os “amigos dos amigos”. Basta ver o malabarismo que o vice-presidente de TI do Banco do Brasil, Geraldo Dezena, fez no último ano para manter o “cumpadre Calazans”, da CAST, prestando serviços ao banco. Apesar de ter estourado o prazo legal de cinco anos de vigência de contrato e sofrido pressão do TCU para encerrá-lo.
Ou também a Caixa, que até comprou participação societária em empresa controlada por franceses, para ser o seu braço na área de TI.
As estatais também estão livres para contratar, mas pelo menos as duas de TI ( Serpro e Dataprev) não caminham mais nesta direção já há um bom tempo. Não há sinais de retrocesso nas duas, mas vamos esperar para ver.
Resta saber o que outras empresas não diretamente ligadas à TI, mas dependentes dela, como a Petrobras, Eletrobras ou o BNDES, pretendem fazer com essa nova “carta de alforria”.