Vou acabar ficando careca pelo número de vezes que denunciei a direção do SINDPD-DF e as suas marretas em nome do dinheirinho fácil.
Quem já leu esse Blog alguma vez na vida, deve saber que já denunciei, por exemplo, o diretor jurídico deste sindicato, Avel de Alencar, que depois de pegar dinheiro no MEC, construiu uma faculdade em Brasília, no nome do SINDPD-DF, e agora praticamente já a transformou em uma das suas propriedade particulares. Com direito, inclusive, a uma “filial” na cidade de Itapaci (GO).
Também devem se lembrar de Marcelo Luiz de Barros – Diretor Administrativo e Financeiro do sindicato, que também é dono de empresa de limpeza, asseio, conservação e… Informática, claro. Dono da Brasul Administração e Serviços Profissionais Ltda, Marcelo faturou até outubro do ano passado, com “locação de mão de obra”, segundo o Portal da Transparência do Governo, a bagatela de: R$ 3.573.025,07. Os maiores contratos estão no INSS (R$ 1.731.665,80), FNDE (R$ 1.230.547,14), ITI (R$ 477.861,50) e na Agência Nacional de Águas (R$ 90.683,34).
“Novo” empresário
Agora chegou a vez do país conhecer mais um “sindicalista de resultados”: Trata-se de João Batista Barros (foto), que no domingo foi apontado pelo Fantástico, da TV Globo, como um exemplo de “empreendedorismo”, novo quadro desse programa patrocinado pelo Sebrae.
João Batista é “Diretor de Informática e Assuntos Profissionais” do SINDPD-DF e funcionário de carreira do Serpro. Local onde não dá expediente já que tem mandato sindical. Os outros dois (Avel e Marcelo) são funcionários respectivamente do Serpro e da Politec.
Segundo a reportagem do Fantástico, João Batista criou uma empresa de reciclagem de computadores, com apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e já foi até premiado pela iniciativa com R$ 1 milhão pelo SESI – Serviço Social da Indústria. (Não vou nem entrar nos detalhes partidários, sobre quem comanda essa bagaça). Portanto, mais um sindicalista no setor de TI que na realidade não passa de “patrão”.
O que me estranha não é descobrir mais essa rapinagem no SINDPD-DF. De lá espera-se tudo.
O que me espanta é a passividade dos demais SINDPDs espalhados pelo País, que não se sentam à mesma mesa na CUT – Central Única dos TRABALHADORES, para decidir dar um basta no que anda ocorrendo em Brasília. Nos bastidores todos condenam o que ocorre aqui, mas em público continuam omissos.
Só que a omissão dos senhores sindicalistas – que sei que nada têm a ver com mais essa patifaria praticada no meio sindical de Brasília – acaba dando uma conotação de que estão sendo coniventes com tudo. Daí quem ler essa nota poderá acabar deduzindo o seguinte:
1 – Todos os sindicatos praticam essa mesma rapinagem.
2- Os sindicatos podem não praticar isso, mas se calam para não denunciar a “companheirada” de Brasília.
Assista o trecho do vídeo do “novo empreendedor” do Fantástico.