O preço do silêncio

djalma-araujo.jpgEstá explicado o porquê do silêncio do presidente do SINDPD-DF, Djalma Araújo, para a série de irregularidades que ocorrem na entidade.

Ex-funcionários da EFTI – Associação de Formação de Trabalhadores em Informática, denunciaram à este Blog, que Djalma é funcionário desta faculdade. Segundo denúncias, o presidente do SINDPD-DF receberia cerca de R$ 8 mil em salário da EFTI. O Diretor Jurídico do SINDPD-DF, Avel de Alencar, que também controla a EFTI e colocou a família para trabalhar nesta Faculdade também recebe salário.

Isso não configura, de imediato, uma irregularidade. Djalma e Avel são funcionários do Serpro mas estão licenciados por conta de mandato sindical. Nem tampouco se pode questionar se uma pessoa pode ou não receber salário de uma entidade sem fins lucrativos. Já existe jurisprudência à respeito que diz que sim.

0615980001188307004_thumb_peqcoluna.jpgEntretanto, a EFTI foi criada pelo próprio SINDPD-DF com o objeto de não ter fins lucrativos, porque pretende dar ao trabalhador do setor de informática qualificação profissional. O SINDPD-DF em sua prestação de contas, não especifica claramente quanto remunera diretores, mas há informações referentes a despesas com pessoal e também ajuda de custo a diretores em seus balanços financeiros.

Então não há razões para o presidente do sindicato e o Diretor Jurídico estarem embolsando um salário extra da Faculdade, ainda mais porque também continuam recebendo de suas empresas de origem.

Nenhum dos diretores do sindicato que atuam na direção da EFTI têm nível superior, qualificação normalmente exigida pelo Ministério da Educação para que profissionais assumam postos de direção em Faculdades e Universidades brasileiras.

Portanto, receberem salário de uma instituição de ensino criada pelo próprio sindicato seria, no mínimo, antiético. Principalmente se a tal faculdade sobrevive de recursos que o sindicato arrecada de empresas particulares de informática do Distrito Federal.

Neste caso, Djalma Araújo e Avel de Alencar, que ocupam postos de direção num sindicato de trabalhadores do setor de informática, também estão sendo pagos, ainda que indiretamente, pelas empresas do DF que deveriam fiscalizar.